domingo, 25 de novembro de 2007

Líder coach: quais seus segredos para motivar sua equipe?


Há algum tempo o mercado mostrou que os departamentos da empresa necessitavam de líderes. Porém, as exigências mudaram e atualmente ouve-se muito falar em líder coach, ou seja, um gestor que treina e desenvolve sua equipe. A cada dia as organizações tentam, através de diversos recursos, atraírem profissionais que apresentem este perfil, ou melhor, mais do que isso, buscam reter estes talentos, oferecendo benefícios diferenciados devido à competitividade do mercado.


Será que as organizações perceberam que este estilo de gestão tem papel fundamental na melhoria de seus resultados, pois aumenta a performance do seu capital humano? Mas, o que é ser coach? É ser mentor, ser treinador. É alguém que treina o indivíduo através de processos focados em ações de desenvolvimento de competências, de utilização de ferramentas, de conhecimentos e dando oportunidades para a realização das metas e desejos deste indivíduo.Diversas literaturas citam que a fonte real de vantagem competitiva de uma organização é seu capital humano. Porém, estes, precisam se sentir valorizados para estarem motivados, comprometidos e, acima de tudo, serem produtivos e saudáveis.


Como motivação está relacionada à necessidade de cada indivíduo, no mercado competitivo atual, não basta apenas ter um gestor de área que alcance metas, gerencie processos, cumpra seus deveres e resolva problemas pontuais. Neste cenário, é necessário um líder coach que tenha uma visão sistêmica, tanto da organização, quanto de sua equipe. É indispensável que este profissional, além de desempenhar todas as atribuições citadas, saiba os impactos que elas provocam, e, ainda, desenvolva, estimule, proponha desafios, seja justo, dê feedback eficiente e constante, forneça propósito, direção e foco a seus liderados e consiga, acima de tudo, reter os talentos que fazem a diferença para o resultado da empresa.


Quando um setor conta com este modelo de liderança se beneficia por apresentar um ambiente de trabalho mais agradável, menos competitivos, tendo pessoas mais participativas e comprometidas. A empresa também ganha, pois cria uma equipe de alta performance. Faz com que as pessoas de talento sintam-se atraídas a trabalhar ali; é estabelecida uma rede de apoio e recebe maior visibilidade no mercado. Sem dúvida, um líder coach transforma o ambiente de trabalho em um lugar muito mais saudável, devido à habilidade no trato com as pessoas.


A equipe passa a vê-lo como aliado, ou melhor, uma pessoa preocupada com seu desempenho profissional, mostrando como se manter na direção correta, apesar dos obstáculos, isso, sem esquecer que ele tem um lado pessoal que acaba por influenciá-lo. Este estilo de líder tem, como ponto de partida, o respeito incondicional pelo liderado enquanto ser humano. Demonstra isso, ao ocupar boa parte do seu tempo em conversas motivadoras que fazem a diferença e acolhe, como tarefa, ajudar seus subordinados a tomar as melhores decisões em suas carreiras, a melhorar seu desempenho e a criar condições de sucesso profissional e pessoal.


Vale uma ressalva: muitas organizações ainda acreditam que mais importante do que ter um profissional com este perfil é ter uma remuneração satisfatória, pois a motivação dos funcionários está relacionada a este fator. No entanto, existem registros que comprovam que esta não é a realidade. Em uma pesquisa realizada pela Revista Exame do ano passado, foram citados os motivos que levam talentos a saírem das empresas, e, o quesito "política salarial que não estimula" aparece apenas em 7° lugar, enquanto que "o não reconhecimento dos resultados pelo chefe" aparece em 3°, e a grande campeã é “a insatisfação com a empresa”.


O reconhecimento por parte da chefia é necessário, afinal, quando este alcança uma determinada meta, é porque seus subordinados trabalharam e muito para este resultado. O legítimo líder é o que motiva, reconhece este esforço e faz questão de mostrar que o mérito não é só seu, e sim, da sua equipe, pois toda e qualquer meta é alcançada a partir de um trabalho realizado em grupo.


Como é possível verificar que a partir dos dados apresentados, um feedback - seja ele positivo ou negativo – da empresa ou do gestor, feito de maneira eficiente e constante, gerando diálogo, traz mais resultados, através da melhoria no desempenho da equipe. Além disso, o vínculo, o comprometimento e a lealdade do indivíduo estão diretamente relacionados com a confiança construída e a satisfação em pertencer a esta empresa ou a esta equipe. Por isso, é necessário que o líder tenha a sensibilidade de descobrir o que motiva cada um e a implicação disso para seu time, quais são as limitações e os gap´s para que não se exija mais do que a pessoa poderá apresentar, e por fim, mostrar qual a importância de cada um e de sua atividade na equipe.


Todos estes fatores relatados nos mostram a importância e influência de um líder com este perfil para a motivação de uma equipe, no que se refere à empresa e seu emprego. Tendo em seu quadro funcional pessoas com este perfil, a organização estará equipada para assumir riscos, enfrentar desafios, pois terá maior produtividade, menos conflitos e, principalmente, pessoas mais felizes.


Autor: Roberta Portela Alves Fagundes

http://www.htmlstaff.org/xkurt/projetos/portaldoadmin/modules/news/article.php?storyid=850

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Just-In-Time (JIT)

A aplicação de algumas técnicas na produção japonesa permitiu reduzir estoques, em todos os níveis, incrementar a capacidade disponível em grandes investimentos adicionais, diminuir tempos de fabricação, melhorar a produtividade e a qualidade dos produtos fabricados, etc. E uma destas técnicas foi o JIT – Just-In-Time que tem o objetivo de dispor da peça necessária, na quantidade necessária e no momento necessário, pois para lucrar necessita-se dispor do inventário para satisfazer as demandas imediatas da linha de produção. Um exemplo aqui no Brasil é a fábrica da Volkswagen situada na cidade de Resende no estado do Rio de Janeiro. No mesmo terreno situam-se as instalações dos fornecedores de peças. Após recebido o pedido, a VW de imediato solicita aos fornecedores as peças necessárias o que prontamente é atendido. Nesse caso, todos os processos são realizados em tempo bem menor que em outros métodos de produção. Também há uma economia no tempo e no custo do transporte entre o fornecedor e a empresa solicitante.


Fundamentos e características

O sistema Just-in-time/Kanban freqüentemente é associado a uma política de redução de estoque de matérias-primas através da sua entrega em intervalos e lotes menores. Na realidade, o sistema é muito mais abrangente do que essa característica “externa”. Internamente a fábrica, há mudanças do trabalho e do sistema de informações. De uma maneira geral, dois são os princípios deste sistema de produtividade, Just-in-time e controle autônomo dos defeitos. O Kanban propriamente dito é um sistema de informações para administrar o Just-in-time.

Objetivos do Just-In-Time

Flexibilizar a empresa;
Produzir somente os produtos necessários;
Produzir com qualidade requerida;
Menor “Lead Time” na concepção de novos produtos;
Menos “Lead Time” na manufatura;
Melhor atendimento ao cliente;
Menor perda (maior valor agregado ao produto);
Maior retorno de investimento;
Reduzir estoques em processo, produtos acabados e eventualmente matérias-primas;
Reduzir custos de fabricação;
Gerar espaços de Fábrica;
Produzir por métodos que permitam o envolvimento das pessoas (moral, satisfação, desenvolvimento, autocontrole;
Reduzir o custo e o tempo de transporte dos produtos entre o fornecedor e a empresa solicitante.

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Falta de qualificação impede busca por emprego

Apenas 18% dos desempregados brasileiros têm os requisitos necessários para serem absorvidos pelo mercado de mão-de-obra especializada, o que impede 7,4 milhões de brasileiros de conseguir emprego. O dado foi divulgado hoje na pesquisa Demanda e Perfil dos Trabalhadores Formais no Brasil em 2007, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

De acordo com o estudo, 9,133 milhões de pessoas estão à procura de um emprego. No entanto, somente 1,676 milhão de trabalhadores têm experiência ou qualificação profissional necessária para a área em que desejam atuar.

O problema afeta principalmente a indústria e o comércio, em que a carência de mão-de-obra especializada é responsável pela sobra de vagas. O salário médio dos setores em que faltam trabalhadores qualificados é de R$ 942,80, o equivalente a 2,5 salários mínimos.

No setor de serviços, o problema se inverte. Existem 563 mil postos oferecidos, insuficientes para atender aos 618 mil trabalhadores especializados para atuar na área. A expectativa do Ipea é que, neste ano, o país crie 1,592 milhão de empregos formais.

'Estamos diante de um fenômeno novo, que é a ausência de trabalhador qualificado para a atividade econômica. Isso não acontecia há mais de duas décadas´, afirmou o presidente do Ipea, Marcio Pochmann. Para ele, o país precisa reconstruir o sistema de formação e de treinamento dos trabalhadores: ´Isso exige um planejamento que diz respeito a uma transformação do nosso sistema de intermediação de mão-de-obra no Brasil'.

A pesquisa do Ipea também mostrou uma mudança geográfica no surgimento de postos de trabalho. No Norte, Centro-Oeste e Sul, a quantidade de vagas supera o total de trabalhadores qualificados. No Sudeste e Nordeste, porém, sobram trabalhadores e faltam vagas.

A maior demanda, segundo o Ipea, é por profissionais do sexo masculino, não-negro, entre 31 e 37 anos e com pelo menos oito anos de estudo. As informações completas da pesquisa podem ser obtidas na página do Ipea na internet (www.ipea.gov.br).

As informações são da Agência Brasil.
(Redação - InvestNews)

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

A Era do Administrador

Por que os Estados Unidos são o país mais bem-sucedido do mundo? Porque são um país que resolveu o problema da miséria e da estagnação econômica, ao contrário do Brasil?

O segredo americano, e que você jamais encontrará em nenhum livro de economia, é que os Estados Unidos são um país bem administrado, um país administrado por profissionais.

Dezenove por cento dos graduados de universidades americanas são formados em administração. Administração é a profissão mais freqüente, e portanto a que dá o tom ao resto da nação.
Infelizmente, o Brasil nunca foi bem administrado. Sempre fomos administrados por profissionais de outras áreas, desde nossas empresas até o governo. Até recentemente, tínhamos somente quatro cursos de pós-graduação em administração, um absurdo!

De 1832 a 1964 a profissão mais freqüente no Brasil era a de advogado, e foi essa a profissão que exerceu a maior influência no país, tanto que nos deu a maioria de nossos presidentes até 1964. A revolução de 1964 acabou com a era do advogado e a legalidade, e tivemos a era do economista, que perdura até hoje.

Nos próximos dez anos isso lentamente mudará. O Brasil já tem 2.300 cursos de administração, contra 350 em 1994. Estamos logo depois dos Estados Unidos e da Índia.

Administração já é hoje a profissão mais freqüente deste país, com 18% dos formandos. Antes, nossos gênios escolhiam medicina, direito e engenharia. Agora escolhem medicina, administração e direito, nessa ordem.
Há dez anos tínhamos apenas 200.000 administradores, e só 5% das empresas contavam com um profissional para tocá-las. O resto era dirigido por "empresários" que aprendiam administração no tapa. Por isso, até hoje 50% das empresas brasileiras quebram nos dois primeiros anos e metade de nosso capital inicial vira pó.
O que o aumento da participação dos administradores na gestão das empresas significará para o Brasil? Uma nova era muito promissora. Finalmente seremos administrados por profissionais, e não por amadores. Daqui para a frente, 75% das empresas não quebrarão nos primeiros quatro anos de vida, e nossos investimentos gerarão empregos, e não falências.
Em 2010, teremos 2 milhões de administradores formados, e se cada um empregar vinte pessoas haverá 40 milhões de empregos novos. Será o fim da exclusão social.

Administradores nunca foram ouvidos por políticos e deputados nem concorriam a cargos públicos. Em 2010, é muito provável que teremos nosso primeiro presidente da República formado em administração. Por incrível que pareça, nunca tivemos um executivo no Executivo.
Muitos de nossos ministros e governantes aprendiam administração no próprio cargo, errando a um custo social imenso para a nação. Foi-se o tempo em que o mundo era simples e não havia necessidade de ter um curso de administração para ser um bom administrador.

Em 2006, o candidato da oposição que demonstrar boa capacidade gerencial será um forte candidato à sucessão de Lula. João Paulo Cunha, do PT, já o alertou de que, "se houver um bom administrador, ele conquistará o eleitorado da periferia".

Não quero exagerar a importância dos administradores, mas somente lembrar que eles são o elo que faltava. Ordem não gera progresso, estabilidade econômica não gera crescimento de forma espontânea, sempre há a necessidade de um catalisador.

Não será uma transição fácil, pois as classes dominantes não aceitam dividir o poder que têm. Há muita gente interessada em manter essa bagunça e desorganização, como vivem denunciando Luiz Nassif, Arnaldo Jabor e José Simão. Gente que é contra supervisão, eficiência e organização.
Administradores têm pouco espaço na imprensa para defender suas idéias e soluções. Em pleno século XXI, sou um dos raros administradores com uma coluna na grande imprensa brasileira, e mesmo assim mensal. Peter Drucker há quarenta anos tem uma coluna semanal em dezenas de jornais americanos, ele e mais trinta gurus da administração.

Administradores têm outra forma de encarar o mundo. Eles lutam para criar a riqueza que ainda não temos. Economistas e intelectuais lutam para distribuir a pouca riqueza que conseguimos criar, o que só tem gerado mais impostos e mais pobreza.

Se esses 2 milhões de jovens administradores que vêm por aí ocuparem o espaço político que merecem, seremos finalmente um país bem administrado, com 500 anos de atraso. Desejo a todos coragem e boa sorte.

Stephen Kanitz é administrador por Harvard (http://www.kanitz.com.br/)

Editora Abril, Revista Veja, edição 1886, ano 38, nº 1, 5 de janeiro de 2005, página 21

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Gestão: uma adaptação para o terceiro setor

No Brasil, após os anos 80 vem acontecendo o “boom” das Organizações Não-Governamentais, que movimentam recursos oriundos de doações, prestações de serviços, convênios com o Governo, parcerias internacionais e comercialização de produtos.
Para realizar o acompanhamento desta engrenagem que busca apoiar a comunidade para o atendimento de suas necessidade e diminuição das diferenças sociais, está sendo cada vez mais necessário o uso do cientificismo (no uso das ciências administrativas) no lugar do empirismo e da boa vontade, apenas.
Hoje, nos diversos setores da sociedade, estão ebulindo discussões sobre Gestão, por uma constante corrida pela qualidade.
Gestão é um termo que começou sendo utilizado no primeiro setor (governo), e hoje, vem sendo adaptado para as organizações sociais com o objetivo do aperfeiçoamento dos seus processos gerenciais. A idéia de gestão está sendo absorvida como uma ferramenta para o melhoramento da administração nas instituições sem fins lucrativos.
Mesmo que interagindo com as teorias que foram pensadas para uma aplicabilidade em empresas que visam lucro, os Gestores das ONG`s necessitam adaptar estes conceitos à realidade de suas instituições, onde o recurso mais importante ainda é o humano. Alguns atributos estão cada vez mais indispensáveis, devido ao crescimento e a visibilidade que estas alcançaram nas últimas duas décadas, pois fazem parte de um conjunto de ferramentas de gestão, como a sustentabilidade financeira, a qualidade nos serviços, a transparências nas ações e as articulações em rede.
Ainda que uma instituição tenha estes diferenciais, sua gestão não deixa de ser complexa, pois, quem ocupa o papel do gestor tem a missão de pensar na melhoria dos processos e na qualidade dos serviços propostos, mas sem tirar o olhar da gestão de pessoas, e gestão administrativa-financeira; a missão de trabalhar sempre com a diversidade, quando luta pela melhoria de vida das pessoas em diversos espaços e situações, sem contar que, além destas missões, ainda precisa conciliar os interesses dos beneficiários de suas ações, dos funcionários e da organização, sem esquecer que ele próprio é parte simultânea dos dois últimos, pois não teria sentido melhorar a vida das pessoas “de fora” e esquecer das “de dentro”.
Um outro desafio, não menos complexo, é fazer está gestão participativa – efetivamente, democratizando a participação nas decisões necessárias e na sua efetivação, baseado em um compromisso coletivo.
O gestor de uma ONG precisa ter claro o seu papel, ser comprometido com a instituição, saber trabalhar em equipe, ter dinamismo, proatividade e bom relacionamento com a comunidade; precisa ainda, ter conhecimento administrativo, financeiro e de gestão de pessoas, conhecer processos de planejamento estratégico, de legislação.
Sem questionamentos, o gestor tem que estar preparado para atuar, mas esta preparação não acontece de uma hora para outra, é um processo. O desenvolvimento pode se dar através de uso da literatura sobre o tema e de cursos especializados. Vale lembrar ainda que ele não atua sozinho, precisa que as pessoas que estejam inseridas no processo façam parte do planejamento e das decisões.
Autor: Flávia Lucena

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Ouvir faz bem para você

No pain, no gain, diz um ditado inglês. Traduzindo, sem dor não tem crescimento. Assim, quando um colega na empresa ou mesmo o chefe chamar você para uma conversa, antes de sair dizendo por aí que é perseguição ou falta de reconhecimento, refl ita sobre o que você ouviu. Sair por aí reclamando antes mesmo do fi nal da conversa não contribui para sua imagem no trabalho nem para que você melhore seu desempenho. Na maior parte das vezes, a intenção é fazer você melhorar, seja na performance profi ssional, seja na maneira como se relaciona com a equipe e outros funcionários da empresa. Com certeza, ouvir atentamente vai trazer algum resultado para o seu trabalho. Em alguns casos, a mudança sugerida pode até defi nir sua permanência na companhia, na equipe ou no cargo.

Amadurecer é deixar de ver nossas relações profi ssionais com aquele olhar infantil de que tudo é pessoal. Saber que não necessariamente estamos rodeados de amigos no ambiente de trabalho, da mesma maneira como acontece lá fora. Amadurecer é, também, aprender a separar sentimentos que cabem mais em relações pessoais dos sentimentos e reações que são mais adequados ao dia-a-dia da empresa. Portanto, se você ouviu algo que não é exatamente um elogio, pare, respire fundo e analise se não faz sentido. Pare com essa história de se imaginar perseguido ou incompreendido porque, em vez de aplausos, você recebeu uma bronca. É assim que a gente aprende e muda. Claro, reprimendas o tempo todo são um sinal de que você precisa mudar. Mudar é amadurecer.

Fica aqui o convite para uma refl exão. A quantas andam os aplausos e as reprimendas que você recebe? Veja o que vem sendo mais constante e como é sua reação. Seja inteligente e fi no para fazer com que o desconforto das “chamadas” não se torne um ácido. Da mesma maneira, orgulhe- se dos aplausos que você também recebe. Na hora de repartir essa alegria, seja elegante o sufi ciente para não se gabar. Cá entre nós, pitis só combinam com pessoas que, de elegantes, nada têm. Isso é saber viver!

Célia Leão é autora de Boas Maneiras de A a Z (Editora STS) e consultora de
etiqueta empresarial.
Artigo publicado na revista Você S/A de outubro/2007.

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Manias na empresa?

No ambiente de trabalho, saber viver em grupo é fundamental para quem quer se destacar. Mas, se você só consegue pensar em eficiência, desempenho, carisma etc, está equivocado.


Viver em grupo significa também ter uma "noção" do que pode incomodar as pessoas ao seu lado. Afinal, como você, todos precisam se concentrar, desenvolver um bom trabalho com condições para isso. Pensando assim, coloque a mão na consciência e diga: o que pode irritar no trabalho?

Celular: você "ama" seu ringtone?

A tecnologia oferece recursos bastante atraentes e fica difícil resistir, certo? Mas isso não significa que, no trabalho, seus colegas devam adorar aquele toque "especial" do seu celular, que dispara quando você está distante da sua mesa.

Além de tirar a concentração dos colegas ao lado, a música insistente continua por um bom tempo. E quem está por perto: atende? Desliga?

A conversa é sua...

Problemas pessoais? Que tal ausentar-se alguns minutos da sua mesa para tentar resolvê-los por telefone, onde possa conversar sem ser inconveniente.

Torna-se bastante desagradável, no clima silencioso e concentrado do escritório, perceber aquela discussão acalorada e fingir que nada está acontecendo. Controle seus ânimos: a pessoa do outro lado da linha pode estar em um ambiente onde possa soltar o verbo... mas você, não!

Empolgação excessiva?

Ter colegas animados é sempre bom: descontraem o ambiente e tornam os problemas menos pesados. Mas, como tudo em exagero é prejudicial, aquele funcionário altamente empolgado, que vive rindo de tudo, falando alto e brincando até com a desgraça alheia não conquista muita simpatia no local de trabalho.

Por outro lado, quem já chega no escritório perguntando "Bom dia por quê?" também não conquistará muitos amigos. Afinal, são mais de oito horas dividindo o mesmo ambiente. É preciso ter bom senso!

O ambiente não é só seu

Suponha que você divide sua mesa com um outro colega que trabalha no turno da noite. Acha justo deixar sua mesa repleta de objetos pessoais ou "amuletos" do seu time de futebol? A idéia é respeitar o espaço, que não é só seu.

Da mesma forma, muito cuidado com perfumes fortes ou com aquela mania de manter sempre em sua mesa um incenso aceso para purificar o ambiente. Você gosta do cheiro, outros nem tanto!

Segure a curiosidade

E tem algo mais chato do que aquele amigo xereta que tem necessidade de saber tudo o que está sendo discutido na mesa ao lado? Você conversa com um colega sobre os problemas ou pendências de determinado projeto, e lá vem ele: "quê?" "Do que estão falando?" "O que aconteceu?"

Pior ainda, se alguém lhe pergunta algo e algum desavisado ao lado já sai respondendo na frente.

"Tiques"

Resfriado? A dica parece básica demais, porém necessária. Deixe uma caixa de lenços à mão, caso contrário, estará sempre sibilando (absorvendo pelo nariz). Gosta de ler o que escreve ou mesmo falar sozinho? Os outros não precisam ouvir seus pensamentos. Controle-se!

Batucada na mesa? Pulseiras batendo insistentemente na mesa enquanto digita? Cantarolar enquanto trabalha? Ficar se mexendo na cadeira giratória enquanto conversa durante a reunião?

Cuidado! Suas pequenas manias podem prejudicar sua imagem na empresa. Controle-se e capriche. Se cada um fizer sua parte, a convivência no trabalho se torna muito mais agradável. Para quem acha tudo isso um detalhe... talvez ainda não tenha passado pela experiência ou... não percebeu ainda seus próprios tiques!

domingo, 7 de outubro de 2007

O real papel do líder de sucesso

Por Vinicius Sebastião Borges da Silveira


As empresas competitivas buscam resultados. A economia mundial vive hoje o momento de concorrência mais acirrado que já existiu em todos os tempos. Para sobreviverem a esse cenário, as organizações adotaram um rigoroso padrão de excelência e passaram a exigir resultados cada vez mais positivos. Para produzir, atender aos clientes com excelência, competir nos mercados e atingir objetivos, as empresas exigem o máximo de desempenho de suas equipes. O desafio de tornar as pessoas mais produtivas, eficientes, comprometidas, adaptáveis e formar equipes vencedoras que gerem resultados positivos para o meio organizacional está nas mãos dos líderes.



Saber identificar e para onde se quer ir também são características louváveis de uma verdadeira liderança. No entanto, não há um modo único para liderar as pessoas. Não existe uma melhor metodologia para liderar as equipes. Os líderes de sucesso precisam desenvolver habilidades e obter, conseqüentemente, experiências pessoais e úteis através dos mais diversos métodos que podem ser usados para influenciar os membros de suas equipes. Os gestores devem buscar ativamente oportunidades para praticar e desenvolver nas pessoas a ação de forma motivadora.



O líder precisa ser forte e, é claro, contar com recursos para comandar uma jornada vitoriosa. Ele precisa influenciar e inspirar os outros para se unirem a ele, pois de outra forma o líder corre o risco de se tornar um viajante solitário e em rumo. Ele sempre precisará de um “mapa”, pois mesmo sendo forte o gestor pode se perder em um sistema complexo. Os líderes são os primeiros a sofrerem quando as situações desandam, não acontecem como o planejado. Isso porque, eles também são responsáveis pelo que acontece com a organização.


O real papel do líder bem-sucedido vai além de gerir os recursos da empresa. Ele tem a responsabilidade de INSPIRAR, DESENVOLVER PESSOAS e EQUIPES para que essas alcancem metas e resultados, conquistem objetivos cada vez mais ousados e se realizem plenamente dentro e fora da empresa. Isso sim, é liderar com sucesso.


Todo verdadeiro líder é influenciador e cultiva a colaboração com os outros e, ao mesmo tempo, esforça-se para criar relacionamentos produtivos. Para que os objetivos dos líderes sejam alcançados é necessário que os mesmos tratem as pessoas como elementos indispensáveis para a conquista da eficácia organizacional, que os colaboradores sejam vistos como seres humanos que agem e possuem sentimentos e nunca considerados máquinas incapazes de sentir tristeza, solidão ou dor.



O líder precisa ter a habilidade de conhecer e reconhecer as necessidades e os interesses das pessoas que compõem a sua equipe, para que junto com seus subordinados possa buscar e encontrar condições benéficas tanto para a organização quanto para os próprios colaboradores. A liderança exerce papel importante para a empresa, mas precisa apresentar características essenciais como: autodesenvolvimento; habilidades de comunicação e influência; auto-motivação e pensamento positivo para manter todas as pessoas envolvidas no processo tanto operacional quanto comportamental, a fim de que os resultados esperados possam ser atingidos com total sucesso.


O líder deve dar exemplo de comportamento, contudo jamais deve perder o controle e nunca pode reclamar e dizer que “não dá mais”, que um problema não tem solução. Ele deve reunir sua equipe e encontrar alternativas para solucionar o problema, afinal o ser humano é movido por incentivos e motivos. O bom comportamento influencia bons pensamentos e sendo assim, o líder jamais deve desviar seus pensamentos e objetivos para ações que o fragilizem.


Um bom líder trabalha e estimula o talento dos outros, nunca faz o trabalho dos outros profissionais ou assume a responsabilidade dos membros de sua equipe. O líder que comanda verdadeiramente cria em seus subordinados as atitudes construtivas possíveis e assegurará os melhores e mais prolongados resultados para ele e seus colaboradores.


O verdadeiro líder, alicerçado em seus princípios e valores, precisa depositar confiança no “banco emocional” de cada membro da sua equipe. O gestor necessita agir com humildade e saber perdoar as falhas, assim como deve encorajar o outro e ter coragem suficiente para corrigir e admitir seus próprios erros. E para se tornar um líder de sucesso é preciso ser humilde, pois a humildade é sinal de força e não de fraqueza como muitos imaginam. No fundo, ter humildade significa acima de tudo e simplesmente ter honestidade consigo.


http://www.rh.com.br/ler.php?cod=4862&org=2

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Como melhorar as relações no seu trabalho?

Com muitas pessoas de diferenciados cargos e distintas personalidades num mesmo local de trabalho, fica difícil entrar em harmonia e garantir um ambiente totalmente saudável. Por este motivo, muitos conflitos podem acontecer.


Mas eles também podem ser evitados. Basta que você preste atenção nas suas atitudes e não se deixe levar pela pressão do dia-a-dia.

Não seja ansioso

A ansiedade faz com que você passe a não compreender a situação. Quantas vezes já ficou afobado e leu uma frase errada ou deu outro sentido a uma fala? Deixou que seu temperamento impedisse que seu colega se explicasse?


Com a ansiedade, você acaba por atropelar as demais pessoas e, como conseqüência, acumula erros e tem que refazer seu trabalho. Além disso, ela não permite que você pense, visualize a situação nem entenda o impacto das suas ações.

Quando a pressão do dia-a-dia aumentar, pare e se acalme. Tente desenvolver uma visão sistêmica e tome cuidado com o que irá dizer.

Mostre-se interessado

Ninguém gosta de uma pessoa que vive encostada ou de um peso morto dentro da equipe. Quem não entra no ritmo de trabalho e não produz para que a empresa progrida atrapalha, e muito, o ambiente de trabalho, bem como prejudica as relações com os colegas.

Evite estar sempre "um passo atrás", ou as pessoas vão perder a paciência com você. Mostre interesse pelo que realiza. De que maneira? Cumpra prazos e compromissos e não faça somente o que é obrigado a realizar.

Suas relações podem melhorar a partir do momento que você contribuir com idéias e quando for ativo e peça fundamental na empresa.

Cuidado com a inveja e arrogância

O ambiente de trabalho pode até ser competitivo, mas de maneira saudável. Não deixe que a busca pelo melhor trabalho suba à cabeça e elimine as pessoas a sua volta. Abra mão de influenciar o meio e não viva em função da derrota alheia: símbolos de inveja.


Além disso, nunca pense que sabe tudo, o que pode lhe transformar em uma pessoa arrogante. Não se torne tão competitivo a ponto de se afastar das pessoas. Saiba perguntar e ouvir atentamente!

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Trabalho em equipe

Dez ótimas dicas para o trabalho em equipe

Cada vez mais o trabalho em equipe é valorizado. Porque ativa a criatividade e quase sempre produz melhores resultados do que o trabalho individual, já que "1+1= 3". Por tudo isto aqui ficam dez dicas para trabalhar bem em equipe.


1. Seja paciente
Nem sempre é fácil conciliar opiniões diversas, afinal "cada cabeça uma sentença". Por isso é importante que seja paciente. Procure expor os seus pontos de vista com moderação e procure ouvir o que os outros têm a dizer. Respeite sempre os outros, mesmo que não esteja de acordo com as suas opiniões.

2. Aceite as ideiás dos outros

As vezes é difícil aceitar idéias novas ou admitir que não temos razão; mas é importante saber reconhecer que a idéia de um colega pode ser melhor do que a nossa. Afinal de contas, mais importante do que o nosso orgulho, é o objetivo comum que o grupo pretende alcançar.

3. Não critique os colegas

As vezes podem surgir conflitos entre os colegas de grupo; é muito importante não deixar que isso interfira no trabalho em equipe. Avalie as idéias do colega, independentemente daquilo que achar dele. Critique as idéias, nunca a pessoa.

4. Saiba dividir
Ao trabalhar em equipe, é importante dividir tarefas. Não parta do princípio que é o único que pode e sabe realizar uma determinada tarefa. Compartilhar responsabilidades e informação é fundamental.

5. Trabalhe
Não é por trabalhar em equipe que deve esquecer suas obrigações. Dividir tarefas é uma coisa, deixar de trabalhar é outra completamente diferente.

6. Seja participativo e solidário
Procure dar o seu melhor e procure ajudar os seus colegas, sempre que seja necessário. Da mesma forma, não deverá sentir-se constrangido quando necessitar pedir ajuda.
7. Dialogue
Ao sentir-se desconfortável com alguma situação ou função que lhe tenha sido atribuída, é importante que explique o problema, para que seja possível alcançar uma solução de compromisso, que agrade a todos.

8. Planeje
Quando várias pessoas trabalham em conjunto, é natural que surja uma tendência para se dispersarem; o planejamento e a organização são ferramentas importantes para que o trabalho em equipe seja eficiente e eficaz. É importante fazer o balanço entre as metas a que o grupo se propôs e o que conseguiu alcançar no tempo previsto.

9. Evite cair no "pensamento de grupo"
Quando todas as barreiras já foram ultrapassadas, e um grupo é muito coeso e homogêneo, existe a possibilidade de se tornar resistente a mudanças e a opiniões discordantes. É importante que o grupo ouça opiniões externas e que aceite a idéia de que pode errar.

10. Aproveite o trabalho em equipe
Afinal o trabalho de equipe, acaba por ser uma oportunidade de conviver mais perto de seus colegas, e também de aprender com eles.

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Gestão de Pesssoas: Todos ou ninguém

Floriano Serra
O estopim das verdadeiras e efetivas mudanças comportamentais que transformam o executivo num líder vencedor não está em outros idiomas, em diplomas nem em eventos sofisticados, senão dentro de cada indivíduo – mais precisamente dentro do coração de cada um. O começo de tudo é o coração.
Imagine a seguinte situação numa empresa qualquer, em qualquer área: numa determinada segunda-feira, o diretor chega para o expediente diário e...não há mais ninguém alem dele no departamento! Não me perguntem o que aconteceu, estou apenas dando um exemplo e pedindo a cada leitor que use sua imaginação. O fato é que, em um determinado departamento, em plena manhã de segunda-feira, não chegou mais ninguém para trabalhar além do Diretor. Poderia ser um Gerente. Poderia ser o Presidente da firma. O cargo não importa para o assunto que desejo abordar, desde que tenha pessoas sob seu comando.
Passados poucos minutos, nosso bravo diretor solitário pensa: “ok, eu pego esse pessoal, um a um. Espere só eles chegarem!...”.
Acontece que o tempo vai passando e eles não chegam. Aí dá 9 horas e os telefones começam a tocar desesperadamente, os clientes começam a chegar para a reunião – e estão todos lá na portaria sem saber o que fazer porque não há ninguém para atendê-los. Surgem também os fornecedores, os cobradores, os fiscais do trabalho, os e-mails vão abarrotando a caixa de mensagem, o telefone do fax não pára de tocar, a produção do dia ainda não começou, os vendedores ainda não começaram a vender...Gente, que loucura!
E o diretor grita já quase desesperado:“Alôoooô! Tem alguém aqui? Onde estão todos?” e pensa: “Ah, e essa sede terrível!.. “ - e grita outra vez:- Alguém me traz um copo d´água? Um cafezinho também!
E nada. Silêncio absoluto – não fosse pelos telefones tocando e aquele sininho repetitivo do Outlook informando que tem mensagem nova. O diretor sente que a sua pressão arterial já está acima do que devia – mas quem vai medir sua pressão?
Essa situação seria engraçada se não fosse dramática. O que realmente desejo com essa abstração é ilustrar ou exemplificar uma coisa vergonhosamente óbvia e que eu despudoradamente, nos meus artigos e palestras, venho insistindo em escrever ou discursar sem o menor receio de pecar pela obviedade: uma empresa não existe sem os seus funcionários. Para o caso de alguém não ter me entendido bem, direi de outra forma: nenhum Presidente, Diretor ou Gerente consegue fazer o seu trabalho, atingir as suas metas de produção, de serviços ou de vendas se não contar com a ajuda absolutamente indispensável da sua equipe ! Pronto.
Isto é: ponto! - Ora, mas isso é óbvio, isso tá na cara!
Ah é? Pois se isso é tão óbvio assim, se isso “tá na cara”, por que é que ainda há um monte de executivos tratando mal seus funcionários, hein?
Eu já disse a vocês que 70% dos trabalhadores do Brasil sofrem de estresse e 30% deles estão no pior nível da doença, com tendências ao suicídio – segundo informou ano passado a Ana Maria Rossi, presidente da ISMA/Brasil (International Stress Management Ass.), em entrevista publicada na Gazeta Mercantil?
Também já disse a vocês que, para cada duas demissões ocorridas no mercado, uma é gerada por incompatibilidade de convivência com o chefe imediato, segundo estudo realizado pela área de Executive Search da KPMG, e publicado no site www.valoronline.com.br/valoreconomico, em fins do ano passado?
Pois é. Nunca se falou tanto em “equipes de alta performance” como agora. Praticamente a cada semana aterrisa no Brasil um “guru” (aaaaargh!) estrangeiro com fórmulas mágicas para se obter o sucesso através de pessoas motivadas...e nada! O auditório fica lotado (apesar do alto preço da inscrição), os hotéis são luxuosos, os coquetéis são fartos, as recepcionistas são amáveis e simpáticas... mas cadê as mudanças comportamentais? Não que o ser humano não seja capaz de mudar – claro que é, desde que o queira e se esforce para isso. Não que o treinamento não ajude nessas mudanças – claro que ajuda – mas o que ocorre em geral é que justamente quem precisa dessa ajuda não comparece ao treinamento. Não que uma boa terapia não ajude o individuo a repensar seu jeito de ser e de tratar os outros, mas quantos executivos você conhece que pede ajuda a um psicólogo para saber como tratar melhor seus funcionários?
O que vou revelar, dentro do caminho da obviedade, é de uma singeleza franciscana – ou beneditina, não sei qual é a referência mais forte como símbolo de simplicidade. Mas vamos lá: o estopim das verdadeiras e efetivas mudanças comportamentais que transformam o executivo num líder vencedor não está em outros idiomas nem em eventos sofisticados, senão dentro de cada indivíduo – mais precisamente dentro do coração de cada um. Poder sem afeto é tirania.
Liderança sem humor é despotismo. O começo de tudo é o coração.
Porque se o gestor - independente do nome do cargo - não gosta de gente, se não acredita que deve respeitar as pessoas, se não vivencia suas emoções e se não tem afeto e alegria dentro de si para temperar com solidariedade e otimismo as pessoas que o ajudam a conseguir resultados, então não é pelos inúmeros diplomas acadêmicos obtidos que seu racional vai conseguir entender os sensíveis caminhos da motivação humana.
A fantasia que usei no início deste artigo pode fornecer subsídios à razão. Mas não acredito que seja suficiente para fazer algum Diretor ou Gerente programar, ainda para hoje, uma reunião com todo seu pessoal para desculpar-se de suas constantes e desrespeitosas atitudes de mando.
É preciso ver os colaboradores com o coração – o que, segundo Saint-Exupéry (que me perdoem os intelectuais...), é a única forma de se ver bem.
Já se sabe que educação só funciona com afeto e respeito. Saibam todos que liderança também. Ninguém sozinho é melhor ou pode mais que todos nós juntos. Daí o título deste artigo: em termos de gestão de pessoas, ou você enxerga TODOS...ou pode ficar sozinho - e não apenas
simbolicamente.
Floriano Serra é psicólogo, Diretor de Recursos Humanos e Qualidade de Vida da APSEN Farmacêutica, fundador e diretor-presidente do IPAT -Instituto Paulista de Análise Transacional e da SOMMA4 Desenvolvimento Pessoal e Organizacional. É palestrante e autor de mais de uma dezena de livros sobre o comportamento humano (o mais recente é O gerente que veio do céu) e escreve artigos para diversos jornais, revistas e sites de RH.

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Sob suspeita

Veja por que detalhes como roupa, modos ou adjetivos escritos no currículo fazem o headhunter olhar de lado para um candidato

Por Daniela Diniz

Um candidato nunca tem a segunda chance de causar uma boa primeira impressão.A frase é da headhunter Magui Castro, da Southmark, consultoria que recruta executivos, com escritório em São Paulo. Para Magui e para boa parte do pessoal que caça, entrevista e recruta executivos o primeiro contato com o candidato pode ser fatal para o sucesso (ou não) do processo. Veja a seguir atitudes e certos exageros que podem azedar sua entrevista.

Há quem cisme com: o falastrão. Isso porque: ninguém gosta de ser chamado de querida/ o,coraçãoou de outros termos que demonstram bajulação.Sugerir uma intimidade que a situação não requer revela que o profissional não sabe avaliar os contextos no qual se insere, diz Jacqueline Resch, sócia-diretora da Resch Recursos Humanos,empresa carioca que recruta e seleciona executivos para cargos de gerência e diretoria.Outra postura que irrita é quando o candidato desembesta a fazer perguntas.Os que falam demais, enrolam e são prolixos não causam uma boa impressão, diz Magui,da Southmark.E, por mais informal que você seja, evite gírias e palavras muito coloquiais.

Há quem cisme com: o marqueteiro. Isso porque: headhunter odeia adjetivos como dinâmico, criativo, inovador.Cabe ao entrevistador avaliar essas características pelo histórico profissional,diz Grace Pedreira de Cerqueira, da consultoria paulista Grace & Co, que recruta executivos de alto escalão.

Há quem cisme com: o arrogante. Isso porque: ninguém merece um sujeito que tem o ego maior que o mundo.O headhunter não se interessa pela linhagem da sua família ou quantos contatos importantes você tem.Há candidatos que acham bonito desfilar o networking, diz Renata Fillipi Lindquist, sóciadiretora da Mariaca/InterSearch, unidade responsável por recrutamento de executivos,em São Paulo.

Há quem cisme com: a perua. Isso porque: A melhor opção para os homens é sempre terno e gravata, é preciso passar a imagem de sobriedade, diz Renata, da Mariaca/InterSearch.As mulheres devem evitar saias curtas,decotes,maquiagem exagerada e bijuterias que chamam mais atenção do que a candidata, afirma Jacqueline Resch.

Há quem cisme com: o atrasado (e sem modos) Isso porque: alguns traços do comportamento são fatais, como não ser pontual. Chegar atrasado na entrevista passa a sensação de que você repetiria isso em reuniões na empresa e com clientes. Péssimo. Falta de compostura, então, encerra qualquer conversa. Por mais que digam para você ficar à vontade, saiba que os headhunters se irritam com o candidato que se esparrama na cadeira, achando que pode ficar à vontade mesmo como se estivesse em casa. Manter o celular ligado durante o papo também queima seu filme. Pior ainda quando você resolve atender.

Há quem cisme com: o sem-noção. Isso porque: há executivos que adoram levar sua coleção pessoal minha carreira. Não agrega nada à entrevista apresentar prêmios que você ganhou, reportagens em que apareceu, cartilhas, relatórios, projetos etc. Isso é gol contra. Esse tipo de material não serve para nada. Na verdade, é o tipo de postura extremada, que geralmente barra um candidato de evoluir no processo de seleção, diz Magda Fraga, da DPS Consult, consultoria de recrutamento de São Paulo.

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Mudanças Organizacionais

por Piedley Macedo
Devido a um ambiente de alta instabilidade e a satisfação do cliente se tornar cada vez mais difícil de se atingir as organizações veêm a necessidade de sempre esta acompanhando as oscilações mercadológicas, mudando continuamente a fim de criar um diferencial competitivo procurando maximizar a qualidade de seu produto/serviço e minimizar seus custos operacionais.
Mas, o que é Mudança organizacional?
Segundo Sterphen, mudanças organizacionais nada mais é do que qualquer alteração, planejada ou não, na relação entre a organizacão e o meio ambiente, que possam trazer consequências na eficiência ou eficácia organizacional, ou seja, uma necessidade organizacional para conseguir se adequar as variações do mercado, afim de satisfazer o seu cliente externo e por consequência vencer a briga com o seu concorrente.
Mas o que forçar as organizações sempre terem que mudar?Dentre varios fatores que forçam a mudança organizacional podemos citar:
* Envelhecimento Precoce - Seu produto for substituido por um produto mais avançado e morrer perante o mercado.
* Evolução Tecnológica - Seu concorrente adquirir uma tecnologia que venha a facilitar no processo de produção (Produzido em Massa) e por consequencia diminui seus custos operacionais e preço de venda
* Pressões de mercado:
- Stakeholders Internos (Funcionários) - Procurando criar mudanças afim de motivar e gera expectativas em cima de seus funcionários
- Stakeholders Externos (Clientes e Fornecedores)
Mesmo sendo totalmente benéfico para a organização qualquer mudança que venha a acontecer em seu meio causa uma grande barreira perante a seus funcionários por diversos fatores, dentre eles podemos destacar:
* Medo do Desconhecido - O funcionário sente medo de não se adaptar ao novo processo.
* Alterar padrões de execução - Quando o funcionário sempre executa a tarefa da mesma forma durante anos e não quer se adequar com a nova realidade.
* Segurança - O funcionário tem medo de perder o seu emprego e ser substituido por uma pessoa mas nova que esta mais apta com o novo processo
Aliás, conforme evidenciado em em várias pesquisas realizadas em ambiente organizacional, além do funcionário não aceitar a mudança, em muitos casos ele se manifesta contra ela, podendo sabotar o novo processo (executando a tarefa de forma errada ou alimentando-a de informação imprecisa só para causar falha no processo) projetar toda e qualquer problema que venha a acontecer na organização em cima desta mudança e evitando-o, deixando de utilizar este novo padrão e se deslocando para utilizar o antigo processo.
Portanto, podemos considerar que um dos maiores desafios para os administradores neste século XXI será a adiministração das mudanças organizacionais, já que a mudança organizacional é uma obrigação necessária para qualquer empresa conseguir sobreviver no mercado.

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Abrir empresa em casa requer atenção especial

Garantir uma recolocação é sempre uma tarefa delicada, seja o novo desempregado homem ou mulher. A situação é ainda pior entre as pessoas com idade considerada mais "avançada", a partir dos 40 ou 45 anos de idade, pois as chances de se conseguir um novo emprego com um bom salário se tornam ainda menores.Diante disso, muitas destas pessoas acabam optando por abrir o próprio negócio. Para ficarem mais próximas dos filhos e da administração do lar, e também buscando reduzir os custos de instalação de um novo negócio, a maneira mais simples encontrada por grande parte deste público é começar pela montagem do negócio em sua própria casa, montando o que ficou conhecido como "home offices".Disciplina é fundamentalPara quem deseja ingressar no segmento de serviços, é muito mais simples abrir um escritório na própria casa. Este é o caso, por exemplo, dos profissionais liberais. Para quem deseja entrar no segmento de varejo a situação é um pouco mais complicada, pois é preciso uma entrada exclusiva para o negócio, isto sem falar na maior burocracia envolvida para se abrir um negócio desta natureza.
Como quase tudo na vida, abrir uma empresa em casa tem os seus prós e contras. Disciplina é a palavra de ordem para quem optou por este tipo de empreendimento. A família também deve cooperar. Afinal, misturar o horário de trabalho com as saídas à padaria e acompanhamento ao trabalho de um eletricista, por exemplo, pode quebrar a concentração de qualquer um.É necessário ter um espaço físico definido dentro de casa, além de linhas de telefone e computadores próprios da empresa. Imagine atender um cliente com os cachorros latindo e crianças chorando ao fundo? Certamente não é esta a imagem de profissionalismo que você deseja passar.É importante manter alguns hábitos como acordar cedo, vestir-se como se fosse ao escritório, estabelecer horário de almoço etc. Aliás, o horário de atendimento ao cliente é um fator importante, e deve ser claramente estabelecido de forma que seja possível separar trabalho da vida pessoal.Afinal, você não quer que sua vida pessoal seja constantemente invadida por problemas de trabalho, assim como não pode deixar de lado o profissionalismo, só porque está trabalhando em casa.Prós e contrasAs maiores vantagens em abrir empresa em casa residem no fato de que será possível economizar significativamente com transporte, alimentação, aluguéis, telefone, infra-estrutura básica, encargos sociais, pagamento de empregados, impostos etc. Além disso, você estará livre do trânsito caótico das grandes cidades.
Não há dúvida de que a família também estará mais unida e você, com maior independência e iniciativa, estará investindo em qualidade de vida.Outras vantagens dizem respeito à maior liberdade profissional, facilidade em se abrir uma franquia, definição do próprio horário de trabalho e do próprio rendimento, auto-gerenciamento profissional e rendimentos superiores àquele que você receberia se estivesse trabalhando. Se a empresa não obtiver sucesso, é possível mudar o ramo de atividade da empresa. Do ponto de vista dos clientes, estes também se beneficiam do fato do custo dos serviços prestados serem mais baixos.Por outro lado, você deverá estar preparado para a perda da privacidade pessoal, uma carga mais intensa de trabalho e horários indefinidos. Os conhecimentos gerenciais atualizados também podem fazer falta, e o mercado formal pode de certa forma ter preconceito caso a empresa não seja registrada, isto sem falar na maior dificuldade de acesso a crédito.Outros fatores como a interferência de assuntos domésticos nos assuntos profissionais e a difícil sucessão, em caso de necessidade de transição, estão entre as desvantagens de se abrir um negócio em casa. Portanto, ao tomar esta importante decisão, coloque na balança todos estes itens e planeje-se da melhor forma para alcançar o sucesso do negócio. Lembre-se de que a palavra de ordem é disciplina e a organização deve ser feita da forma correta para garantir o sucesso do empreendimento!

sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Profissional: cinco erros que o afastam do reconhecimento desejado

SÃO PAULO - Você chega cedo, sempre sai mais tarde e faz as atividades sem erros. Mesmo assim, ainda não conseguiu alcançar o tão desejado reconhecimento, que pode ser a porta de entrada para uma promoção ou um aumento de salário?
O problema pode ser identificado facilmente. Existem cinco erros que fazem com que, mesmo adaptado ao seu trabalho, não consiga atingir o sucesso almejado. Tentar evitá-los já é um bom começo.
Seguir a própria agenda
É claro que todos os profissionais precisam delas para organizar o dia, ou apenas para recordar dos compromissos, mas segui-la de acordo com o que você acha que é prioridade não é o mais indicado. Se você não trabalhar para o que a empresa afirma que é importante, não se tornará uma peça valiosa para a companhia.
Caso o objetivo seja ter visibilidade, ou ser reconhecido, esqueça a agenda própria e faça tudo para favorecer o chefe ou a empresa. Não se assuste: é comum que fique um tanto quanto "perdido".
Pensamentos negativos
Evite falar mal do chefe ou ridicularizar as atitudes tomadas pela empresa. Assim, você estará arruinando a própria carreira. Procure não trazer o mau-humor ou a falta de perspectivas para dentro da empresa. Você acabará com a imagem prejudicada.
Tenha sempre em mente o que é mais importante, antes de colocar sua posição para os colegas de trabalho: dizer o que pensa ou ser promovido?
Reclamações ao RH
A área de Recursos Humanos na empresa tem, dentre suas funções, o papel de solucionar conflitos entre funcionários. Mas nunca se esqueça de que estes profissionais prestam serviço para a empresa e que farão de tudo para manter a imagem dela favorecida.
Reclamar para o RH sobre sua posição ou as atividades realizadas na empresa podem prejudicá-lo. Isto não significa que o RH não irá ajudá-lo em caso de problemas. Mas reclamar a todo o momento não é a solução.
Ser tão esperto
Muitos profissionais acreditam que quanto mais espertos, mais reconhecimento terão. Mas a forma como mostram esta inteligência pode passar uma imagem de arrogância ou de intolerância em relação aqueles que possuem mais dificuldades.
Use todo o conhecimento para dar suporte aos colegas. Uma dica é nunca dizer como as coisas devem ser feitas antes de o chefe pedir para que você faça.
Nunca saber quando sair
Alguns sinais podem ajudar a identificar este problema: tem um conturbado relacionamento com seu chefe? Não conseguiu um aumento em um longo prazo? Não tem tido êxito com projetos e clientes?
Se estes sinais soam familiares, é melhor começar a procurar um outro emprego. É sempre melhor mudar do que terminar em uma posição sem reconhecimento.

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Estratégias Competitivas

O planejamento estratégico das empresas tem, entre outros objetivos de fixar diretrizes de atuação nas áreas: administrativa, financeira, de marketing e de manufatura. Visando das à empresa uma ou mais vantagens competitivas a partir de uma estratégia financeira adequada, o mesmo valendo para marketing ou manufatura.
Uma empresa pode estabelecer uma ou mais estratégias competitivas, como, por exemplo:

Informatização
Dispor de um sistema de informações altamente computadorizado que permita agilidade e precisão nas informações, antecipando-se aos concorrentes em suas decisões.

Desmobilização
Vender imóveis e/ou empresas a fim de aumentar seu capital de giro ou concentrar-se em um menor número de produtos ou processos produtivos. É uma seleção de vocações.

Qualidade total
Obter vantagens competitivas através da comercialização de produtos de alta qualidade.

Aquisições
Obter vantagens competitivas através da aquisição de empresas que disponham de melhor tecnologia ou algum outro tipo de vantagem.

Incentivos
Obter vantagem através do envolvimento maciço de seus colaboradores, por meio de uma maior motivação para obtenção de resultados.

Projeção da demanda
Obter vantagens através da utilização de técnicas de projeção de demanda tão precisas que lhe permitam conseguir margens de erro de estimativa muito baixa, proporcionando-lhe indiretamente um menos custo.

Robotização
Obter vantagem através da automação das linhas de produção, manufatura por computador etc.

Toda empresa existe para produzir um produto/serviço final que tenha valor para o consumidor. Assim, obter esse diferencial na fabricação e/ou prestação de um serviço constitui o objetivo das operações da empresa.
No estabelecimento de uma estratégia de manufatura, ou de operação, para ser mais abrangente, devem ser analisadas e formuladas objetivos e diretrizes quanto a:
- Custos. A produção de um bem e/ou serviço ao menor custo possível é um objetivo permanente de toda e qualquer organização. A redução de custos terá enorme impacto na vantagem competitiva.

- Qualidade. A melhoria continua da qualidade foi o grande trunfo da empresas japonesas na conquista de mercados cada vez maiores e mais sofisticados. Esta demonstrada que a melhoria da qualidade, ao contrario do que sempre se imaginou, traz uma conseqüente redução de custos de produção.

- Prazos de entrega. Quando menos o prazo de entrega de um produto/serviço, tanto mais satisfeito ficara o consumidor. Alem disso, quanto menor o prazo de entrega, tanto menores serão os estoques intermediários, tanto maior será o giro do estoque de matérias-primas, mais cedo será realizada a receita e menores serão os desperdícios e perdas.

- Flexibilidade. É a capacidade que a empresa deve ter para rapidamente adaptar-se a mudanças nas tendências do mercado. Deve ser ágil na adaptação de seus produtos às novas exigências do consumidor. Quanto mais flexível e rápida for, mais cedo sairá na frente de seus concorrentes, ganhando conseqüentemente a vantagem da novidade.

- Inovação. É a capacidade da empresa de antecipar-se às necessidades dos consumidores. A empresa americana 3M tem por característica sua capacidade inovadora, o que tem lhe dado grande vantagem competitiva em relação a seus concorrentes.

- Produtividade. É uma dimensão que deve estar presente em todas as ações da empresa, sob pena de perder competitividade, em que pese sua capacidade de inovar, sua flexibilidade, qualidade, etc. Todas as decisões devem ter uma relação beneficio/custo, pelo menos a médio e longo prazo.

Como se percebe, a estratégia global da empresa esta intimamente relacionada com a estratégia manufatureira, sofrendo uma influencia marcante desta. Suponha uma empresa com uma grande vantagem competitiva; por exemplo, uma fábrica de cimento localizada próximo das jazidas de calcário e do mercado consumidor. Em situações como essa é comum as estratégias financeira, de marketing entre outras serem fixadas levando em conta a vantagem citada.

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

9 Passos para você avançar na carreira

Por Fabiana Corrêa e Fernanda Bottoni

Nem MBA, nem faculdade de primeira linha. Virar chefe aos 25 anos? Também não. O que vai impulsionar sua carreira hoje é uma série de atitudes que qualquer pessoa interessada em ser feliz e bem-sucedida no trabalho deve tomar em qualquer profissão. Aqui estão implícitas todas as conquistas passíveis de serem alcançadas com uma trajetória profissional consistente. Fazer o que mais gosta, ganhar dinheiro e aproveitar, da melhor maneira possível,o pequeno tempo que sobra de folga com conforto e prazer entre a família ou amigos.

Para concretizar tudo isso, pense logo se o trabalho o satisfaz. Ao menos,na maior parte do tempo. Só assim você vai ter ânimo para dar os próximos passos descritos aqui. Você só cresce se for feliz, diz Sérgio Valente, de 43 anos, presidente da DM9/DDB no Brasil. Quando concedeu esta entrevista, Sérgio estava na sede da Omnicom, a holding dona das redes DDB, BBDO e TBWA, nos Estados Unidos. Foi fazer um curso dado a poucos presidentes das subsidiárias ao redor do mundo. Ele é um exemplo do que iremos falar: fazer mais do que o cargo pede e se desenvolver naquilo em que não é exigido pela empresa.

Sérgio estudou engenharia civil e administração, já foi cantor em casa noturna, fez carreira como redator e foi vice-presidente de criação.Trabalho tem que ser a expressão de seu potencial. Enxergue sua carreira assim e você vai procurar, além de suas funções, coisas que ama para fazer dentro e fora da empresa, diz Tania Casado, professora da Universidade de São Paulo (USP). Se você já está no caminho certo, fica mais fácil realizar os movimentos listados a partir de agora.


1. SEJA MULTI

A postura de interessar-se por outras atividades, além de sua formação original, de envolver-se com tarefas diferentes, que não tenham a ver com sua área e fazer com que todas elas interajam, é chamada de carreira transdisciplinar pelo psicólogo José Ernesto Bologna, fundador da consultoria Ethos Desenvolvimento Humano e Organizacional, de São Paulo. Essa é uma característica que, cada vez mais, define a imagem do profissional de nosso tempo.Nos anos 90 veio a era da produtividade. Acabou aquela história de cada um fazer o seu trabalho e começou a história da polivalência, diz Tania. Essa necessidade evoluiu para um novo comportamento corporativo. Estimulados pela própria necessidade de mudanças constantes na carreira e na estrutura das empresas, que agora permitem funcionários de diferentes áreas e países se envolverem em um mesmo projeto, os profissionais estão se tornando transdisciplinares. As diferentes áreas e tarefas começam a se misturar dentro da mesma profissão, cada uma influenciando a outra, diz José Ernesto (leia mais do pensamento dele em uma entrevista exclusiva nesta edição).

Se não for possível para você expandir sua atuação dentro da mesma companhia, o mercado está aí para resolver isso. Ele permite, mais do que nunca, que profissionais transitem por áreas diferentes, hoje vistas como complementares. Formado em química, Maximiliams Yoshioka, de 37 anos, deixou uma carreira técnica de 14 anos na Dow Química para assumir uma área de vendas na Rhom and Haas, multinacional do mesmo mercado. Hoje, quatro anos depois, é gerente de contas na empresa e ganhou responsabilidade sobre três países da América Latina. Se, por acaso,meu departamento passasse a não existir, seria capaz de trabalhar em outra área porque me interesso pela empresa como um todo, diz Maximiliams.

Mariana DAprile, de 27 anos, hoje diretora do Hub, o núcleo de inovação da agência de publicidade LewLara, de São Paulo, também migrou, mas dentro da mesma empresa. Ela começou no atendimento, mas sempre mostrou interesse e dedicação a tudo o que tinha a ver com internet e tendências. Assim, quando seu chefe assumiu o novo departamento, levou Mariana junto. Quando saiu, deixou-a como sucessora. Meu papel não é apenas ficar ligada nas tendências de moda, consumo e comportamento, mas pensar em como elas podem se transformar em negócios para a agência.

2. FAÇA-SE NOTAR

Normalmente, as próprias ações descritas acima já fazem com que você ganhe notoriedade internamente. Se esse não é o caso da sua empresa, talvez você tenha de encontrar outros meios. Interagir com pessoas-chave na companhia, oferecer-se para fazer o trabalho que não seria seu e cuidar bem da equipe são boas maneiras de se fazer notar. Quando entrei aqui, estudei e li tudo o que era publicado sobre a companhia, diz Adriano Chemin, de 40 anos, vice-presidente de vendas indiretas da Oracle,multinacional da área de tecnologia, em São Paulo. Foi dessa maneira que ele se transformou em referência. As pessoas começaram a me procurar para saber das novidades, diz. Adriano mostrou trabalho, foi promovido a gerente de vendas regional e chegou à vice-presidência em oito anos. Eu obtive visibilidade ajudando quem precisava de ajuda, na área que fosse.

Claro, esse processo tem de ser baseado em competências e honestidade para chegar a todos os que trabalham ao seu lado (e acima de você). Tanto quem o apóia como quem compete pela mesma posição que você contribuem para a formação de sua imagem em duas esferas: na profissional e na comportamental e ética, diz Sérgio Valente, da DM9. Mostre suas idéias quando puder, mas nunca seja invasivo, ou você corre o risco de virar o chato. Essa é uma pecha que acaba com a ascensão de qualquer um, tanto quanto ser apagado demais.

3. COMUNIQUE-SE BEM

Chineses, investidores, ONGs, agentes do governo, membros da comunidade. Em épocas de negócios globais e sustentabilidade, comunicar-se ficou mais dífícil. E entender o que seus interlocutores estão falando também. A melhor maneira de fazer isso ainda é a informação. Leia, peça orientações a quem já fez igual, entenda o contexto em que estão as pessoas com quem você vai lidar.

Rodrigo Nasser, de 27 anos, gerente de relação com investidores (RI) da Totvs (lê-se Totus), holding de tecnologia, traz parte dessa informação de berço. Filho de professores (o pai, de história, e a mãe, de teologia), usa seus conhecimentos gerais para lidar com clientes internacionais. Quando preciso convencer ingleses a investir na empresa, sei que estou lidando com gente mais dada ao risco. É só olhar a história. Eles colonizaram meio mundo. Também não vou falar de futebol na Argentina, não quero parecer arrogante por uma bobagem, diz.
Aliás,Rodrigo, aos 22 anos, foi enviado ao país vizinho para avaliar uma das subsidiárias que deveria ser vendida. Suas opiniões sobre essas e outras operações acabaram valendo um lugar nas reuniões exclusivas de diretoria.Aproveito para aprender como se comunicam, se comportam e se colocam em público.Ou seja, ele fica atento também à comunicação não-verbal.

Alessandra Almeida, de 36 anos, gerente de operações da SAP, em São Paulo, que já foi uma garota bem tímida, aprendeu a se colocar em reuniões e hoje não tem dificuldade de prender a atenção das pessoas enquanto expõe suas opiniões. O primeiro passo foi dado na infância, quando subiu ao palco para apresentações de música. O segundo foi, já adulta, na própria SAP, onde está há dez anos. Como consultora, estava cada dia numa empresa, com um público diferente. Isso me obrigou a me expor mais, afirma. O terceiro, e decisivo, foi a formação. Fiz cursos na área de comunicação e e liderança para entender os modelos mentais de cada pessoa e a melhor forma de falar com elas.


4. ENTENDA DE FINANÇAS

Você pode considerar esse assunto uma chatice, mas, se quer crescer na companhia e se fazer notar, não tem muita escolha.Ainda mais em tempos em que corte de custos virou regra.É essencial traduzir a equação do lucro e fugir do jargão financeiro.Considero o contrário um grande obstáculo de carreira, diz Augusto Carneiro, diretor da Zaitech, empresa de coaching do Rio de Janeiro. Procuro entender de toda a operação da empresa, principalmente da área financeira, diz Jeferson Fernandes, de 32 anos, gerente de planejamento logístico da Unilever e um dos ganhadores do programa CEO do Futuro (que escolhe executivos de talento com alto potencial para chegar à presidência da empresa. Inscreva-se no prêmio no site http://www.vocesa.com.br/).

Esse aprendizado de finanças começa no dia-adia. Quem não tem medo de perguntar e gasta algum tempo ao lado do gerente financeiro logo vê que aquele monte de números tem sentido. Até hoje ligo para meus professores dessa área que me esclarecem muitas dúvidas, diz Rodrigo, da Totvs, que cursou administração de empresas na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.O coaching financeiro de Rodrigo é uma saída que muitos profissionais encontram para entender do assunto. Não duvide: se você seguir os passos dele, será notado com mais facilidade.

5. FAÇA AS PERGUNTAS CERTAS
Essa necessidade de entender o balanço pode ser suprida quando você aprende a perguntar o que é essencial para desenvolver seu trabalho.Você tem que ser hábil para fazer as perguntas que têm relevância, diz Adriano Lima, de 40 anos, vice-presidente de estratégia e planejamento para a região sul da América Latina da Mastercard. O executivo deixou há poucos meses a área de RH,em que atuou por 20 anos, para desempenhar a nova função na companhia.Se você diminuir o fator surpresa com perguntas que tentam prever o futuro, pode planejar melhor a ação, afirma. Desde de que entrou na Mastercard, ele perguntou mais do que os assuntos de sua competência nas reuniões de diretoria da empresa.Eu me colocava como um executivo de negócios que estava no RH. Assim poderia entender da empresa inteira e contribuir mais com meu trabalho. Quem também faz isso é Jeferson, da Unilever.Sempre começo uma reunião pelas questões: quanto o projeto vai economizar e quanto vai lucrar, diz.Ouvir bem o que estão tentando lhe dizer também é importante, além de escolher o interlocutor correto. Você tem de saber com quem falar quando precisa de uma resposta.


6. CUIDE DO SEU TEMPO
Para dar os cinco passos anteriores e os próximos, só dominando a própria agenda.Para isso, há uma série de técnicas de administração do tempo que você pode implantar em sua vida (entre no portal Você com Mais Tempo, em nosso site, e use nosso gerenciador de tempo online).Christian Barbosa, dono da Tríade do Tempo, consultoria especializada no assunto, dá algumas dicas de como aproveitar o fim de semana para fazer um esboço da agenda semanal, com todas as tarefas e hora para cada uma começar a terminar. Você deve deixar duas horas livres para emergências.

Há ainda um aprendizado essencial para quem ainda não tem um clone, mas adoraria ter: delegar bem. Se eu não tivesse uma equipe capaz de tomar decisões, meu trabalho ficaria inviável, diz Pedro Fontes, de 30 anos, country manager da Corel do Brasil. Em 2007, Pedro passou a comandar as operações da empresa no país.Trabalhando dez horas por dia, ele cursa MBA Executivo no Ibmec, em São Paulo, e ainda reserva espaço para falar com o usuário final, tarefa que considera essencial para obter resultados. Jeferson, da Unilever, aprendeu na prática.Vivia sobrecarregado, tentando fazer tudo.Percebi na marra que as pessoas eram capazes de fazer o que eu antes não delegava.

7. FORME UM (OU MAIS) SUCESSOR

Aprender a delegar leva, inevitavelmente, a formar um sucessor para quando você for chamado para subir na empresa.Faça isso continuamente e com antecedência, ou poderá perder uma boa oportunidade, explica Silvio Celestino, diretor da consultoria Enlevo. Se não houver alguém para substituí-lo, é possível que sua promoção emperre. Um bom gerente de equipe é aquele que treina o funcionário para perdê-lo, diz Leonardo Zambitte, de 33 anos, gerente de processos de vendas da Xerox Europa. O executivo não pode ser prisioneiro de seu próprio sucesso, completa Fernanda Pomin, sócia da Korn/Ferry Brasil, consultoria de busca de executivos. Para isso, você precisa ter autoconfiança. Se o seu sucessor conseguir resultados melhores que os seus, não se preocupe. É mais um ponto para você.Um líder que faz seu trabalho bem feito deixa, ao sair, um sucessor melhor do que ele, diz Silvio Genesini, presidente da Oracle no Brasil.


8. ANTECIPE-SE AO FUTURO
Preparar alguém para substituir você é uma maneira de prever o futuro.Mas há outras tão importantes quanto. Você tem que prever para onde o mercado e a empresa estão indo, assim poderá direcionar melhor sua carreira, diz Silvio Celestino. Ficar atento à legislação e às regras que regem o comércio mundial é uma maneira de ser esse visionário a que o coach se refere.Adicionar 2% de biodiesel ao diesel, como manda a legislação, por exemplo, cria um mercado de 5 milhões de reais para o novo produto no país, explica.Assim é possível prever que esse mercado vai se movimentar a partir daí, abrindo novas oportunidades de carreira. A estratégia da empresa é apresentada a todos os funcionários, mas eu junto essa informação com tudo o que ouço sobre ela e observo seus últimos movimentos. Daí traço meus objetivos de carreira, diz Rodrigo, da Totvs.

9. ENCONTRE UM MENTOR

Tudo o que falamos aqui fica mais fácil quando há um profissional experiente e de peso para orientá- lo.Meus mentores me ajudaram a perceber que eu havia encerrado um ciclo, diz Adriano,da Mastercard, que ouviu o que eles tinham a dizer sobre a migração que fez do RH para a vice-presidência de negócios. Para encontrar o seu, a aproximação tem que ser natural. Identifique, ao longo de sua carreira, alguém em quem você confia, que seja bom em dar conselhos e tenha visão estratégica.O mentor, indiretamente, vai ajudar sua carreira a ser reconhecida.Ter a credibilidade referendada por alguém de peso, que sabe o que você agrega, é essencial para seu crescimento profissional, diz Stella Angerami, da Counselling by Angerami,empresa de consultoria de carreira de São Paulo.

Se você já encontrou um mentor, ele vai confirmar que seguir todos esses passos ao mesmo tempo não é fácil. Só que não dá para ignorar nenhum em boa parte das carreiras. É bem mais simples quando você não encara seu trabalho como uma pena a ser cumprida, diz a professora Tania Casado, da USP. Ou seja, ao começar a agir não veja cada passo como mais uma tarefa a ser eliminada da lista. Prefira lidar com eles como algo para ser incorporado ao dia-a-dia. Tão importante quando segui-los, é encontrar um jeito de fazer tudo com prazer, já que poucos profissionais podem crescer hoje ignorando esses desafios.


quarta-feira, 22 de agosto de 2007

A arte de delegar

Muitos líderes ficam com pouco tempo para suas tarefas importantes pois são, de certa forma, centralizadores.

Acabam por fazer tarefas que poderiam perfeitamente ser delegadas, mas muitas vezes não o fazem com medo de que a ação adotada não seja tão eficaz quanto seria se realizada por ele.

Em sua grande maioria, ele está certo, ele executaria uma tarefa melhor que o seu liderado, porém o tempo ganho ao delegar pode ser mais importante.

Ao delegar responsabilidades o líder cria um time de pessoas confiáveis e competentes. Para isso é necessário ter a coragem de delegar para que o outro aprenda, cresça e que no futuro possa assumir tarefas que exijam mais responsabilidade e competência, mesmo sabendo que existe o risco da ação não ser feita de modo tão eficaz nas mãos do seu liderado.

Delegar é melhor que centralizar, que geralmente implica na estagnação da motivação na empresa. Delegar é ganhar poder, pois nos conduz para fora do atoleiro infindável das ações de rotina e permite se dedicar a ações de liderança mais amplas.

O que facilita a delegação?

Quando a missão, visão, valores e estratégias da empresa são conhecidos, quando os objetivos da área e de cada projeto estão claros, quando as normas e procedimentos são bem compreendidos entre os envolvidos e quando a organização pratica a liderança participativa e os colaboradores adotam a postura correspondente.

Quais as vantagens de delegar?

- Possibilitar ao líder mais tempo disponível para reflexão, planejamento, coordenação, avaliação, criatividade e reduzir a pressão de tarefas rotineiras, que exigem menos a sua intervenção direta;

- Estimular as pessoas a assumirem maiores responsabilidades;

- Descobrir novas capacidades entre os liderados, colocando-os a serviço do grupo, dando-lhes oportunidade para o desenvolvimento pessoal.

- Formar profissionais capazes de agir por conta própria em emergências ou quando o líder não está presente;

Podemos perceber esse fato, recentemente publicado na revista Exame, edição especial de 40 anos, que diante da maior crise de acidente aéreo da história da aviação civil em nosso país, não foi o presidente da Gol que tomou frente as decisões e sim o vice-presidente Barioni que cumpriu a risca o que estava determinado no manual de gerenciamento de crise da companhia.

Constantino Junior, presidente da Gol garante em entrevista que não se isentou dessa crise, porém permitiu que o vice tomasse as decisões enquanto assumia o papel de “fiador institucional”, já na revista Veja, ele fala sobre a nova aquisição - A Varig e sobre a sua visão de futuro em relação ao mercado de companhias aéreas brasileiras, ou seja, está exercendo o verdadeiro papel de um líder.

Recomendações ao delegar:

- Faça uma lista das funções que se repetem sempre no seu trabalho;

- Verifique quais são as tarefas que você se sente menos qualificado ou que tem menor afinidade;

- Decida quais podem ser transferidas para seus liderados;

- Verifique, entre seus liderados, quem tem disposição suficiente e condições mínimas para assumir tais tarefas;

- Dê ao liderado todas as condições para que ele, de fato, seja bem sucedido.