sexta-feira, 25 de abril de 2008

Você é a pessoa certa no lugar certo?

Seis perguntas que vão ajudar você a responder essa questão crucial para a sua carreira

Por Márcia Rocha


Pois é, muitas vezes, a situação profissional fica mesmo meio morna e entediante. De vez em quando, é normal não haver nada de novo no front. O problema é quando essa pasmaceira se prolonga. O psicólogo Alcino Therezo Junior, já passou por isso. Só que, com ele, a história foi meio na base do tratamento de choque. "A ficha caiu quando vi o presidente da empresa em que trabalhava usando um post-it para anotar as diretrizes de RH", diz ele, que atuamente é diretor de desenvolvimento organizacional para a América Latina da EDS, multinacional americana de TI. De uma certa maneira, Alcino teve sorte, porque conseguiu resolver as coisas rapidamente. Mas, como o caso dele não é do mais comuns, é melhor ficar de olho em alguns sinais que indicam que está na hora de tomar outro rumo na carreira. Tenha sempre em mente que não é só a empresa que o escolhe - você também tem direito de escolher onde quer trabalhar. Veja agora as dicas de Alcino para descobrir se você é mesmo a pessoa certa no lugar certo:


1. Você se identifica com o negócio? - sim, porque não adianta nada trabalhar em uma empresa com a qual você não se identifica. Já pensou alguém que acha que Palm só serve como agenda trabalhando na área de tecnologia?


2. Você está esperando promoção há muito tempo? - isso pode ter várias explicações. A primeira -- e que não é boa de ouvir -- é que sua performance não anda mesmo lá essas coisas. Isso também indica uma postura passiva diante da carreira, porque é como se você estivesse esperando o reconhecimento do chefe cair do céu. "A terceira possibilidade é que, hoje em dia, com os orçamentos enxutos e equipes idem, fica difícil mesmo conseguir uma movimentação vertical na carreira. Se é isso o que você pretende, talvez seja mais fácil mudar de emprego", diz Alcino


3. Você ainda se lembra por que foi contratado? - certamente você chamou atenção da empresa por causa de alguma competência (ou competências). Será que isso ainda provoca admiração nas pessoas ou virou "carne de vaca"? É exatamente por isso que é preciso se reinventar sempre. Senão, você vira lugar comum, o que é um perigo.


4. Você é chamado para projetos e reuniões importantes? - se a resposta para essa pergunta for "não", é bom ficar de olho ligado. Pode ser sinal de que você está se tornando dispensável.


5. Você está achando estranho porque seu chefe não "pega mais no seu pé"? - pois é, esse sossego pode ter uma explicação ruim: desinteresse. É uma situação meio parecida com a de não ser chamado para reuniões e projetos cruciais para a empresa. "É por isso que eu vivo dizendo: peça feedback do chefe pelo menos duas vezes por ano (e não estou falando do processo formal, adotado por muitas empresas) e encare cada ciclo como uma nova contratação", diz Alcino.


6. Você vive reclamando? - se as coisas chegaram a esse ponto, melhor parar e pensar se você deve mesmo continuar a trabalhar nessa empresa. Sabe aquela história de "síndrome do Fantástico", de ficar triste quando a segunda-feira está chegando? Se está acontecendo com você, trate de se mexer!


texto publicado em: http://vocesa.abril.com.br/informado/aberto/ar_209841.shtml

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Clima Organizacional

Atualmente torna-se cada vez mais necessário à área de Recursos Humanos mensurar suas ações através de procedimentos que possam respaldar ao máximo sua atuação nas organizações.
O objetivo é transformar a área num RH estratégico cuja atuação está alinhada aos planos de negócios. Mas como fazer? Como criar um RH que funcione como agente de mudanças e que vai além do simples gerenciamento do capital humano, apoiando iniciativas e planos de ação que contribuem para a execução das estratégias do negócio.
Contamos com algumas ferramentas que podem nos ajudar neste objetivo, mas é sobre o Clima Organizacional que vou dar alguns “insight” de como podemos realizar este trabalho.
Mas afinal o que é Clima? Clima é a percepção coletiva que as pessoas têm da empresa, através da experimentação de práticas, políticas, estrutura, processos e sistemas e a conseqüente reação a esta percepção.
E o que é uma Pesquisa de Clima Organizacional? É um instrumento voltado para análise do ambiente interno a partir do levantamento de suas necessidades. Objetiva mapear ou retratar os aspectos críticos que configuram o momento motivacional dos funcionários da empresa através da apuração de seus pontos fortes, deficiências, expectativas e aspirações.
Mas por que pesquisar? Porque cria uma base de informações, identifica e compreende os aspectos positivos e negativos que impactam no Clima e orienta a definição de planos de ação para melhoria do clima organizacional e, conseqüentemente, da produtividade da empresa.
Esta atitude da empresa eleva bastante o índice de motivação, pois dentro desta ação está intrínseco a frase "estamos querendo ouvir você", "você e sua opinião são muito importantes para nós". A crença na empresa se eleva sensivelmente.
A Pesquisa de Clima é uma forma de mapear o ambiente interno da empresa para assim atacar efetivamente os principais focos de problemas melhorando o ambiente de trabalho.
Hoje, neste mundo tão cheio de transformações, em meio à globalização, fusões e aquisições, as empresas devem, cada vez mais, melhorar seus índices de competitividade e para isso ela depende quase que única e exclusivamente de seus Seres Humanos - motivados, felizes e orgulhosos dos valores compartilhados com a organização.
Pesquisas indicam que colaboradores com baixos índices de motivação, utilizam somente 8% de sua capacidade de produção. Por outro lado, em setores/áreas/empresas onde encontramos colaboradores motivados este mesmo índice pode chegar a 60%.
As empresas precisam manter o índice de motivação de seus colaboradores o mais elevado nível possível de forma que este valor passe a ser um dos seus indicadores de resultado.
É importante dizer que a Pesquisa de Clima deve sempre estar coerente com o planejamento estratégico da organização e deve contemplar questões de diferentes variáveis organizacionais, tais como:
* O trabalho em si – com base nesta variável procura-se conhecer a percepção e atitude das pessoas em relação ao trabalho, horário, distribuição, suficiência de pessoal, etc;
* Integração Setorial e Interpessoal – avalia o grau de cooperação e relacionamento existente entre os funcionários e os diversos departamentos da empresa;
* Salário – analisa a existência de eventuais distorções entre os salários internos e eventuais descontentamentos em relação aos salários pagos por ouras empresas;
* Estilo Gerencial – aponta o grau de satisfação do funcionário com a sua chefia, analisando a Qualidade de supervisão em termos de competência, feedback, organização, relacionamento, etc;
* Comunicação – buscar o conhecimento que os funcionários têm sobre os fatos relevantes da empresa, seus canais de comunicação, etc;
* Desenvolvimento Profissional – avalia as oportunidades de treinamento e as possibilidades de promoções e carreira que a empresa oferece;
* Imagem da empresa – procura conhecer o sentimento das pessoas em relação a empresa;
* Processo decisório – esta variável revela uma faceta da supervisão, relativa à centralização ou descentralização de suas decisões;
* Benefícios – apura o grau de satisfação com relação aos diferentes benefícios oferecidos pela empresa;
* Condições físicas do trabalho – verifica a Qualidade das condições físicas de trabalho, as condições de conforto, instalações em geral, riscos de acidentes de trabalho e doenças profissionais;
* Trabalho em equipe – Mede algumas formas de participação na Gestão da empresa;
* Orientação para resultados – Verifica até que ponto a empresa estimula ou exige que seus funcionários se responsabilizem efetivamente pela consecução de resultados.
Além de ouvir seus funcionários sobre o que pensam em relação a essas variáveis, as empresas deveriam também conhecer a realidade familiar, social e econômica em que os mesmos vivem. Somente assim poderão encontrar outros fatores do clima organizacional que justificam o ambiente da empresa.
Não existe uma Pesquisa de Clima padrão. Cada empresa adapta o questionário a sua realidade, linguagem e cultura de seus funcionários.
Para que a empresa tenha sucesso na mensuração do clima organizacional é necessário: credibilidade no processo, sigilo e confiança.
As principais contribuições que podemos obter da Pesquisa de Clima são:
* O alinhamento da cultura com as ações efetivas da empresa;
* Promover o crescimento e desenvolvimento dos colaboradores;
* Integrar os diversos processos e áreas funcionais;
* Otimizar a comunicação;
* Minimizar a burocracia;
* Identificar necessidades de treinamento e desenvolvimento;
* Enfocar o cliente interno e externo;
* Otimizar as ações gerenciais, tornando-as mais consistentes;
* Aumentar a produtividade;
* Diminuir o índice de rotatividade;
* Criar um ambiente de trabalho seguro;
* Aumentar a satisfação dos clientes internos e externos.
Depois de refletir no texto, deixo a seguinte questão: Podem os profissionais de RH continuar a transferir aos empresários a responsabilidade pela “não” implantação do Clima Organizacional como ESTRATÉGIA FUNDAMENTAL para o sucesso da organização? Sabemos que de números e resultados os empresários entendem e muito bem... E nós de RH, entendemos bem nosso papel e responsabilidade neste processo?