segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Sob suspeita

Veja por que detalhes como roupa, modos ou adjetivos escritos no currículo fazem o headhunter olhar de lado para um candidato

Por Daniela Diniz

Um candidato nunca tem a segunda chance de causar uma boa primeira impressão.A frase é da headhunter Magui Castro, da Southmark, consultoria que recruta executivos, com escritório em São Paulo. Para Magui e para boa parte do pessoal que caça, entrevista e recruta executivos o primeiro contato com o candidato pode ser fatal para o sucesso (ou não) do processo. Veja a seguir atitudes e certos exageros que podem azedar sua entrevista.

Há quem cisme com: o falastrão. Isso porque: ninguém gosta de ser chamado de querida/ o,coraçãoou de outros termos que demonstram bajulação.Sugerir uma intimidade que a situação não requer revela que o profissional não sabe avaliar os contextos no qual se insere, diz Jacqueline Resch, sócia-diretora da Resch Recursos Humanos,empresa carioca que recruta e seleciona executivos para cargos de gerência e diretoria.Outra postura que irrita é quando o candidato desembesta a fazer perguntas.Os que falam demais, enrolam e são prolixos não causam uma boa impressão, diz Magui,da Southmark.E, por mais informal que você seja, evite gírias e palavras muito coloquiais.

Há quem cisme com: o marqueteiro. Isso porque: headhunter odeia adjetivos como dinâmico, criativo, inovador.Cabe ao entrevistador avaliar essas características pelo histórico profissional,diz Grace Pedreira de Cerqueira, da consultoria paulista Grace & Co, que recruta executivos de alto escalão.

Há quem cisme com: o arrogante. Isso porque: ninguém merece um sujeito que tem o ego maior que o mundo.O headhunter não se interessa pela linhagem da sua família ou quantos contatos importantes você tem.Há candidatos que acham bonito desfilar o networking, diz Renata Fillipi Lindquist, sóciadiretora da Mariaca/InterSearch, unidade responsável por recrutamento de executivos,em São Paulo.

Há quem cisme com: a perua. Isso porque: A melhor opção para os homens é sempre terno e gravata, é preciso passar a imagem de sobriedade, diz Renata, da Mariaca/InterSearch.As mulheres devem evitar saias curtas,decotes,maquiagem exagerada e bijuterias que chamam mais atenção do que a candidata, afirma Jacqueline Resch.

Há quem cisme com: o atrasado (e sem modos) Isso porque: alguns traços do comportamento são fatais, como não ser pontual. Chegar atrasado na entrevista passa a sensação de que você repetiria isso em reuniões na empresa e com clientes. Péssimo. Falta de compostura, então, encerra qualquer conversa. Por mais que digam para você ficar à vontade, saiba que os headhunters se irritam com o candidato que se esparrama na cadeira, achando que pode ficar à vontade mesmo como se estivesse em casa. Manter o celular ligado durante o papo também queima seu filme. Pior ainda quando você resolve atender.

Há quem cisme com: o sem-noção. Isso porque: há executivos que adoram levar sua coleção pessoal minha carreira. Não agrega nada à entrevista apresentar prêmios que você ganhou, reportagens em que apareceu, cartilhas, relatórios, projetos etc. Isso é gol contra. Esse tipo de material não serve para nada. Na verdade, é o tipo de postura extremada, que geralmente barra um candidato de evoluir no processo de seleção, diz Magda Fraga, da DPS Consult, consultoria de recrutamento de São Paulo.

2 comentários:

  1. Olá, Pessoal!

    Estou sentindo falta dos comentários de vocês!

    Não deixem de comentar os textos e artigos, isso é muito importante para que cada vez mais eu posso conhecer os leitores e postar artigos mais específicos e direcionado à uma determinada área de interesse.

    Aguardo sugestões, críticas, comentários, felicitações, etc...

    Um forte abraço!

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  2. Olá Aline!
    Obrigada por ter passado no meu blog.
    A minha dona vai sugerir o seu blog aos seus alunos do Curso de Administração!
    (As sugestões, críticas e comentários aparecerão com o tempo!)

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